Nasci
na França, na cidade de Lisieux, pela coincidência de minha família hospedar-se
lá antes de retornarem, enfim, a Portugal. Essa terra antiquíssima, situada na
região da Normandia, povoada desde os tempos romanos, foi a sede episcopal da
Revolução Francesa.
Lá
meus pais ficaram hospedados na casa de um conhecido da família, o senhor
Jean-Paul, que viabilizou meus registros. Pelo grau de relevância que tem à
minha história, convencionalmente já disse tudo sobre ele. Portanto, só
ressalto que não tenho dupla nacionalidade, e sim pelo menos três!
Nesta
cidade, que obteve posteriormente fama mundial, meus pais permaneceram pouco
tempo. Após algumas semanas, os Costas, a governanta Judite e seu acompanhante
Jônatas viajam rumo à histórica Lusitânia.
Foi
nessa terra que minha vida como um Costa teve início. Aqui sucedeu todo o
tratado entre os meus pais e minha mãe, quando me deixou ser filho de minha mãe
Maria. Como disse, esta era fraca e não poderia conceber um rebento. E como
viajavam bastante, a sociedade não desconfiaria da real procedência do guri.
Judite, a governanta, a mulher que também tomara conta de Maria do Socorro,
seria a ama-seca, bem, melhor ficaria “ama-molhada”, já que cuidara de mim
amamentando.
E
dessa forma eu vivi. Judite deixou Juan de Córdoba, criou-me como um Costa, a
partir do dia que nasci numa data invernal, em Lisieux, na França.
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